''85% dos empresários
acreditam que a diversidade de gênero é a mais importante'', artigo lido na
Folha de São Paulo (14/08; Mercado Aberto) em que executivos entrevistados pela
Consultoria BCG reconhecem que deve haver, não só participações masculinas em
suas empresas, como também a presença feminina. Definindo o assunto como tema
''importante''.
Outro dado, a respeito do mesmo tema e feito pela mesma
consultoria (BCG),apontava que: ''20% deles têm programa de recrutamento
específico''. Ou seja, apenas 20% daqueles entrevistados que defendiam a
''diversidade de gênero'' um dos requisitos mais importantes para uma empresa,
tendiam a alistar mulheres para cargos de suas companhias. Os outros
entrevistados mostravam um posicionamento negativo, indicando carência ao
recrutar mulheres.
''Entre as barreiras mais citadas, está a má gestão no
desenvolvimento de lideranças femininas e a falta de programas para mulheres
que saem por um tempo do mercado e depois retornam''; por ''má gestão'' entenda-se
a falta de administração, do ''como saber lidar'' com a situação concreta da
mulher no mercado de trabalho. E nisto, essa carência de gerência ou
administração, está diretamente ligada a um efeito psíquico e emocional da
mulher, a maternidade.
O que se torna bastante explícito aqui: ''...a falta de
programas para mulheres que saem por um tempo e depois retornam'', é dado
indicativo, suficiente, para uma empresa tender a ter (mesmo que se reconheça a
diversidade de gênero fator importante) um menor número de mulheres em cargos
superiores a gerente sênior ou de diretor.
É assunto importante, reflexivo e que muito precisa ser debatida
para chegarmos a uma verdadeira ‘‘igualdade de gênero''. Uma adaptação da
mulher ao mercado do trabalho, já que este, além de sua tendência ''contra o
tempo'', constitui o ''ganha pão'' Delas que não podem e não devem
ser ''marginalizadas'' de cargos maiores devido ao seu fator biológico.